DonahLu: "ESTANDARTE! PARTE HOMEM METADE ARTE"

A 2ª previa do CarnaValença balançou muitos corações e provocou algumas lágrimas... A intenção da festa foi apresentar nosso estandarte e TUDO, mas TUDO mesmo foi preparado com muito AMOR e CARINHO... Estava difícil conter a ansiedade. Mais de 10 horas da noite e nem sinal da orquestra. Calma! Nada de desespero. Não era propaganda enganosa, apenas fazia parte da surpresa que preparamos...

Eis um breve relato daquela que foi uma noite pra lá de especial:

No Sabiá, Demétrius estava falavando às pessoas o texto abaixo escrito por Raul Baltazar (seu irmão):

"Há alguns anos dois irmãos sonharam com o Castelo Azul, lembram? Aquele onde mora o amor... E hoje este castelo se concretizou em nossa família. Não sei se os Irmãos Valença tiveram esta intenção, mas com sua licença, afirmo: o Castelo Azul onde mora o amor é a nossa família. Pois o Castelo sempre simbolizou a força do monarca, com suas paredes altas e espessas protegiam dos perigos externos, e hoje nossa família se une para mostrar que seu amor, far-se-á em muralhas as quais nos protegerão eternamente. Todo castelo possuía seu símbolo, sua marca, SEU ESTANDARTE, que era cravado nas armaduras dos nobres cavaleiros e por onde estes andavam, todos os reconheciam como pertencentes a este ou aquele castelo. O estandarte esteve presente em toda a história, sempre trazendo consigo a força que representava, e dentre vitórias e derrotas, sempre ovacionado.

Em reverência aos Irmãos Valença, precursores da arte em nosso sangue, em nosso estado, em nosso país, hoje estamos aqui apresentando e batizando nosso estandarte em uma explosão de energia positiva, no sítio, eternizado Sítio dos Valenças, outrora palco da arte e onde ressurgirá com a força do ESTANDARTE, com o amor do nosso Castelo Azul, o Bloco Carnavalença, e a partir de agora, por toda parte todos vão saber: ESTANDARTE! PARTE HOMEM METADE ARTE!"

"Enquanto isso na sala de justiça", Maneca estava posicionado com a orquestra na entrada que dá acesso à Casa Grande e quando Demétrius terminou, o soar dos clarins mais uma explosão de fogos se confundiram com o som da orquestra. E lá vinha ele, o ESTANDARTE, lindo, imponente, símbolo da integração do grupo, marcando sua presença e sendo carregado por Renato. O maestro Ademir seguia atrás regendo sua orquestra que tocava SAUDADE, eleita por alguns como uma das músicas mais lindas dos Irmãos Valença... Ao me aproximar desse conjunto, um arrepio. Queria chorar, mas mesmo com a voz embargada consegui cantar, pular, dançar... A essa altura, as pessoas estavam do lado de fora, esperando a entrada do estandarte no Sabiá e era possível enxergar em cada olhar a emoção daquele momento...

A festa continuou dentro do bar com estandarte, orquestra, família e amigos a celebrar e Álvaro a cantar! Foi lindo, foi mágico, foi perfeito! Alegria e harmonia dividiam o salão, onde moços e velhos dançavam e apreciavam aquele maravilhoso espetáculo! Eram "tantos semblantes risonhos" e sinceros, tantos abraços calorosos, tantas demonstrações de carinho, de força, de união que é difícil não me emocionar quando essas imagens fico a lembrar...